DIABOLO - UMA NOVA MANIA ...

Neste final de semana, nossa Escola sofreu uma invasão muito divertida. Algumas dezenas de pessoas trouxeram seus diabolos até a Escola para aperfeiçoar técnicas, trocar experiências e muitos começaram a ensinar as pessoas da forma correta de utilizar este malabares.



Após tornar-se febre nas escolas, malabares invadem as lojas de brinquedos
Simone Tinti

Uma corda presa por duas hastes. No meio, um carretel colorido que percorre a extensão do fio, girando. Assim é o diabolo, instrumento de malabar comum em raves e circos, que virou febre entre as crianças desde o ano passado. A brincadeira ficou mais forte entre a garotada principalmente depois da apresentação do grupo Cirque du Soleil no Brasil. Mas foi só após a mania se espalhar que as lojas de brinquedos passaram a vender o instrumento, aumentando sua oferta. "A propaganda é feita boca a boca: uma criança leva para a escola e os amigos se interessam. As mães dizem que preferem ver o filho brincando com o diabolo do que jogando videogame", diz Michele de Jesus Ferreira, responsável pelas vendas na Loja do ET, especializada em malabares e outros produtos para raves. O professor de malabares Pedro Ramirez, do grupo performático Biolumini, diz que a atividade é mais indicada para crianças a partir de 8 anos de idade, já que elas têm mais facilidade com o manuseio do diabolo. Mas os menores também se interessam pelos malabares. "Crianças de 4 ou 5 anos, apesar de terem mais dificuldade, sempre querem experimentar", diz Ramirez. Para o professor de Educação Física do colégio Dante Alighieri, Adriano Pozzi Jantalia, a brincadeira deve ser incentivada. "O diabolo desenvolve a coordenação motora e a noção de ritmo. Já estamos até mesmo incluindo o instrumento nas aulas de Educação Física do colégio", explica. Ramirez diz que é possível realizar mais de 200 manobras com o diabolo. Entre os iniciantes, as mais comuns são as de equilíbrio - ao deixar o carretel fixo na corda - e velocidade - ao jogá-lo para cima ou simular um "elevador", subindo e descendo. "Com um pouco mais de prática as crianças podem cruzar o diabolo por baixo da perna e até brincar com mais de um instrumento", diz. Instrumento milenar O diabolo é praticado na China há cerca de 4 mil anos e, inicialmente, era feito de bambu. O instrumento foi levado para a Europa e lá recebeu o nome de diabolo, expressão grega que significa "atirar". Na França, no século XIX, o jogo virou moda e passou a ser praticado na corte de Napoleão, mas após a Primeira Guerra Mundial, o diabolo passou a ser visto apenas em palcos de teatros e circos. No século XX, os malabaristas foram os principais divulgadores do diabolo. Hoje em dia podem ser encontrados modelos de madeira, de plástico e os que brilham no escuro, além de acessórios como baquetas de alumínio. Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer Existem diabolos em diferentes tamanhos e materiais. Diabolos grandes / pesados tendem a reter o impulso (giro) por mais tempo, sendo que diabolos pequenos / leves podem ser lançados mais altos e ganham velocidade mais rápido. Diabolos de borracha são menos propensos a quebra; diabolos de metal podem ser usados com fogo. Existem ainda diabolos com apenas um lado, mas são mais difíceis de jogar. Breve Historia do Diabolo Diabolos evoluíram do ioiô chinês. Os Ioiôs chineses têm um eixo magro e longo, com as laterais em forma de disco, enquanto o diabolo ocidental é mais coniforme. Para uma comparação, veja as fotos de um diabolo e um ioiô chinês. O diabolo era o malabares favorito do físico James Balconista Maxwell, e dizem que ele foi um ótimo diabolista. Este malabares não deve ser confundido com o Maxwell's Demon , o qual e uma experiência de pensamento. Conversando com o Diabo O termo diabo vem da palavra grega diaballo (mais tarde diabolo), que significa lançar através. Um significado secundário de diaballo é caluniar ou infamar, falar mal sobre alguém. O nome é a única coisa que tem uma conexão ao Diabo e o diabolo não possui ligação com nenhum fenômeno sobrenatural.

Princípios Básicos
O ato mais básico de manipulação do diabolo é fazer o carretel girar suspenso no fio. Isto geralmente é conseguido arrastando o fio pelo eixo de tal modo que a fricção no eixo faz o carretel rolar. Batendo uma das baquetas repetidamente (direita para os destros e vice e versa), a velocidade pode ser aumentada. Este método é conhecido como pulling. A aceleração do diabolo pode ser obtida por diferentes técnicas: - Power whip , - Aceleracao chinesa, - Wrapped orbits/power orbits/chinese orbits, - Power Burners, - Orbit tricks, Quando a velocidade é obtida, o diabolista executa uma rotina típica baseada nos truques esboçados abaixo. Os melhores diabolistas podem executar estes truques suavemente e entre uma manobra e outra mantém o diabolo em um movimento constante sem ter que parar para acelerar novamente.
Manobras Fundamentais
- Toss - o primeiro truque que todo mundo aprende é jogar o diabolo para cima e pegar. - Trapeze (A.K.A Stopover) - o diabolo é balançado em volta das baquetas e travado na cordinha. - Backside - pegando o diabolo usando o fundo da cordinha. - Suicide (soltar baqueta) soltar a baqueta temporariamente e pegar novamente. - Grind - deslizar o diabolo sobre as baquetas. - Sun - o diabolo e lançado fazendo um grande circulo. - Cradle (berço) - a cordinha e enrolada fazendo um desenho e o próprio diabolo e lançado para fora ou no desenho. - Orbit (órbita) - o diabolo é lançado e pego repetidamente fazendo uma volta. - Over Orbits (também conhecido como Satellites) orbits avançados que passam por algumas partes do corpo. Braços e pernas são considerados as mais fáceis. - Knot (no) - a cordinha e enrolada dando a ilusão que o diabolo esta preso. Pode ser usado também na saída de alguma manobra. - Elevator (elevador) - o diabolo escala a cordinha, isso e feito enrolando a cordinha no eixo e apertando.
Manobras avançadas
Há muitos truques que caem fora destas categorias, estes são freqüentemente mais difíceis e formam a "vanguarda" do diabolo moderno. Alguns exemplos são: - Genocide - nessa manobra o diabolo lançado da cordinha e na seqüência e pego no ar com a manobra suicide. - Whip (chicote) - o diabolo e lançado no ar e laçado com um movimento de chicote, emitindo o som característico pela cordinha. - Finger Grind - o diabolo e deslizado sobre os dedos como nas baquetas. - Infinite suicides - uma manobra popular em que o diabolo parece estar suspenso na cordinha, enquanto uma baqueta esta em órbita. - Duicide - como o suicide, porem as duas baquetas são lançadas. Múltiplos Diabolos Talvez a área mais ativa do malabares diabolo envolve truques com mais de um diabolo em uma única cordinha. Diabololistas tem conseguido jogar até com 5 diabolos ao mesmo tempo (embora há alguma controvérsia, pois o numero de lançamentos e relativamente pequeno). Bons diabolistas porém, dominam com dois ou três. A introdução de mais de um diabolo em uma única cordinha permitiu vários novos movimentos: - Hyperloop/Sprinkler os diabolos orbitam entre si na cordinha numa volta fechada. - Mini-columns dois diabolos são controlados na cordinha de tal maneira que não se colidem nem passam um sobre o outro. - Siteswap uma notação numérica que tem origem de outros malabares. Cada diabolo e lançado em ritmos diferentes baseados em uma descrição numérica. - Fan (ventilador) - dois diabolos são girados entre os braços, imitando o movimento das hélices de um ventilador. - Sun os diabolos são lançados num movimento circular. - Knots (nos) parecido com os nos com um diabolo, porem ambos são enrolados na cordinha. Vertax Outro estilo avançado de diabolo, desenvolvido recentemente e particularmente explorado nos últimos meses é o Vertax (Eixo Vertical) conhecido também como Excalibur. O diabolo é inclinado verticalmente por movimentos e é continuamente girado verticalmente. Embora o número de truques pareça ser limitado, diabolistas estão desenvolvendo cada vez mais manobras com este estilo, inclusive genocides de Vertax, passing e muitas outras manobras. Diabolo de Contato Um estilo bastante novo de jogar diabolo que está ganhando bastante popularidade. O diabolo e manipulado de forma que tem pouco ou nenhum giro. Assim ele e manuseado não só com as baquetas e cordinha, mas sim com varias partes do corpo. Novas idéias e manobras estão surgindo a cada dia.
Autor: Thiago Raggi / Diabolo Capeta

Fonte: http://guia.mercadolivre.com.br/historia-diabolo

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