ESTA É UMA HOMENAGEM AOS AMIGOS - EDSON, MACARRÃO E HENRIQUE!
 
 03 de Agosto- Dia do Capoeirista

 
A capoeira é uma expressão cultural afro-brasileira que mistura luta, dança, cultura popular, músicaesporte, artes macias,e talvez até brincadeira. Desenvolvida no Brasil por escravos africanos e seus descendentes, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando os pés, as mãos, a cabeça, os joelhos, cotovelos, elementos ginástico-acrobáticos, e golpes desferidos com bastões e facões, estes últimos provenientes do Maculelê. Uma característica que a distingue da maioria das outras artes marciais é o fato de ser acompanhada por música.

 
Acredita-se que a palavra capoeira seja originária do tupi e refira-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. Foi sugerido que a capoeira obteve o nome a partir dos locais que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata. Há porém, uma enorme polêmica acerca da origem etimológica do termo. Existe a teoria de base lusófona na explicação de alguns etimólogos como sendo originária do português "capo", uma vez que, o jogo dançante era praticado por escravos de ganho, vendedores de aves, que assentavam ao chão as gaiolas de seus capos, antes da prática. No entanto, muitos especialista consideram a teoria um tanto simplista e artigos acadêmicos que questionam o rigor científico dos estudos sobre a capoeira podem ser encontrados na web. As teorias indígenas apontam tanto o tupi quanto o guarani nos termos kapwera ou tupwera, relacionando-a à vegetação debastada pela prática. Internacionalmente, os dicionários etimológicos acompanham a controvérsia, ora apresentando o vocábulo capoeira como oriundo do quicongo "kipura" sofrendo influência latina para cap, ora apresentando o português antigo "capon", frango ou galo jovem castrado, ave esta vendida em gaiolas pelos escravos de ganho praticantes da capoeira.

 
Desde o século XVI, Portugal enviou escravos para o Brasil, provenientes da África Ocidental. O Brasil foi o maior receptor da migração de escravos, com 42% de todos os escravos enviados através do Oceano Atlântico. Os seguintes povos foram os que mais frequentemente eram vendidos no Brasil: grupo sudanês, composto principalmente pelos povos Iorubá e Daomé, o grupo guineo-sudanês dos povos Malesi e Hausa, e o grupo banto (incluindo os kongos, os Kimbundos e os Kasanjes) de Angola, Congo e Moçambique.

 
Os negros trouxeram consigo para o Novo Mundo as suas tradições culturais e religião. A homogeneização dos povos africanos e seus descendentes no Brasil sob a opressão da escravatura foi o catalisador da capoeira. A capoeira foi desenvolvida pelos escravos do Brasil, como forma de elevar o seu moral, transmitir a sua cultura e principalmente como forma de resistir aos seus escravizadores. Geralmente era praticada nas capoeiras e, à noite, nas senzalas onde os escravos ficavam acorrentados pelos braços. O que explicaria o fato de a maioria dos golpes serem desferidos com os pés. Foi também muito praticada nos quilombos, onde os escravos fugitivos tinham liberdade para expressar sua cultura. Há relatos de historiadores de que Zumbi dos Palmares e seus quilombolas comandados só conseguiram defender o Quilombo dos Palmares dos ataques das tropas coloniais porque eram exímios capoeiristas.

 
Mesmo possuindo material bélico muito aquém dos utilizados pelas tropas coloniais e geralmente combatendo em menor número, resistiram a pelo menos vinte e quatro ataques de grupos com até três mil integrantes comandados por capitães-do-mato. Foram necessários dezoito grandes ataques de tropas militares ao Quilombo dos Palmares para derrotar os quilombolas. Soldados de Portugal relatavam ser necessário mais de um dragão (militar) para capturar um quilombola porque se defendiam com estranha técnica de ginga, pernas, cabeça e braços. Muitos comandantes de tropa portugueses e até um governador-geral consideraram ser mais difícil derrotar os quilombolas do que os holandeses. Há registros da prática da capoeira nos séculos XVIII e XIX nas cidades de Salvador, Rio de Janeiro e Recife, porém durante anos a capoeira foi considerada subversiva, sendo sua prática proibida e duramente reprimida. Devido a essa repressão, a capoeira praticamente se extinguiu no Rio de Janeiro, onde os grupos de capoeiristas eram conhecidos como maltas, e em Recife, onde segundo alguns a capoeira deu origem à dança do frevo, conhecida como o passo.

 
Em 1932, Mestre Bimba fundou a primeira academia de capoeira do Brasil em Salvador. Mestre Bimba acrescentou movimentos de outras artes marciais e desenvolveu um treinamento sistemático para a capoeira, estilo este que passou a ser conhecido como Regional. Em contraponto, Mestre Pastinha pregava a tradição da capoeira com um jogo matreiro, de disfarce e ludibriação, estilo que passou a ser conhecido como Angola. Da dedicação desses dois grandes mestres, a capoeira deixou de ser marginalizada e se espalhou da Bahia para todos os estados brasileiros.

 
No vídeo de B. M. Farias "Relíquias da Capoeira - Depoimento do Mestre Bimba", o próprio Manuel dos Reis Machado, criador da capoeira de regional, comenta sobre os motivos que o fizeram se mudar para Goiânia. Depois, em uma reunião de especialistas em capoeira no Rio de Janeiro, explica-se mais sobre o nome do esporte, a criação da capoeira de Angola e esse lendário personagem chamado Mestre Bimba. A palavra capoeira quer dizer:Capo:mato Eira:cortado.

 
A capoeira já foi motivo de grande controvérsia entre os estudiosos de sua história, sobretudo no que se refere ao período compreendido entre o seu surgimento - supostamente no século XVII, quando ocorreram os primeiros movimentos escravos de fuga e rebeldia - e o século XIX, quando aparecem os primeiros registros confiáveis, com descrições detalhadas sobre sua prática.

 
Capoeiristas históricos

 
  • Besouro Mangangá capoeirista baiano do século XIX, imortalizado nas músicas da capoeira.
  • Manduca da Praia temido capoeirista no Rio de Janeiro do século XIX.
  • Madame Satã polêmico capoeirista do Rio de Janeiro do século XX, sua vida foi retratada em filme.
  • Mestre Waldemar foi alvo de vários estudos acadêmicos na década de 1950 e inventor das ladainhas.

 

Capoeira fora do Brasil

 

 Capoeira está crescendo no mundo inteiro. Houve comparações feitas entre a forma de arte americana do Afro-Norte dos azuis e da capoeira. Ambos foram praticados e desenvolvidos por escravos Africanos, com qualidades culturais africanas; ambos se desenvolveram e promoveram um sentido profundo do orgulho Afrocentric.

 

 "Artur Emídio foi provalvelmente o primeiro capoeirista a executar uma performace no exterior; " nos anos 50s e 60s ele foi a Argentina, a México, aos E.U., e a Europa. Grupos tais como Brasil tropical, dirigido por Domingos Campos e M. Camisa Roxa, Europa excursionada nos anos 70 a dança Brasil de Jelon Vieira, fundado em New York City em 1977, fez grande parte na influencia em capoeira entre audiências americanas. Os mestres de capoeira dos meados dos anos 70, começaram a emigrar e ensinar o capoeira nos Estados Unidos e em outros países. Neste tempo a capoeira no Brasil era praticada ainda primeiramente entre o mais pobre e mais negro dos brasileiros. Com sua imigração aos USA, entretanto, muito do estigma com que foi associado historicamente no Brasil, foi invertido.

 

 Hoje há muitas escolas de capoeira pelo mundo inteiro. A capoeira está ganhando terreno no Japão, Europa, e por todo os Estados Unidos. Com sua popularidade atraíram estudantes multiculturais, multiracial. Capoeira ganhou tambem a popularidade entre não-Brasileiros e não-Africanos em seus movimentos.

 
No Estados Unidos, Califórnia, temos Mestre Penteado, um dos mestres mais profissionais da capoeira no mundo. Seu metodo de ensino da capoeira e um dos mais tecnicos e modernos da atualidade.

 

Mestre Penteado treina capoeira por 28 anos. Foi campeao brasileiro de capoeira, tres vezes consecutivas, de 1999 a 2001 (JEB Jogos Estudantis Brasileiro). Aluno do Mestre Suassuna, Mestre Penteado faz parte do grupo "Cordao de Ouro" que é um dos maiores grupos de capoeira no mundo. Mestre Penteado e tambem mestrado em Educacao Fisica.

 

 

 
Capoeira Angola

 

 

 
Mestre Pastinha (Vicente Ferreira Pastinha) fundou a primeira escola de capoeira legalizada pelo governo baiano.

 

 

 
Certidão de nascimento de Mestre Pastinha

 

 

 
Mestre João Pequeno: aluno de Pastinha, é o mais velho e importante mestre da Capoeira Angola em atividade.

 

 

 
Mestre João Grande: aluno de mestre Pastinha, é um dos mais importantes mestres de Angola vivos e comanda hoje sua importante academia na cidade de Nova York.

 

 

 
Capoeira Regional

 

 

 
Mestre Bimba (Manuel dos Reis Machado): criador da capoeira regional

 

 

 
Mestre Eziquiel: aluno de Bimba, divulgou a capoeira pelo mundo e foi um de seus maiores cantadores e compositores.

 

 

 
Mestre Capixaba: fundador da A.C.A.P.O.E.I.R.A.. Considerado por Mestre João Grande uns dos maiores mestres vivos. Difundiu e difunde a capoeira nos cinco continentes.

 

 

 
Música

 

 

 
A música é um componente fundamental da capoeira. Foi introduzida como forma de ludibriar os escravizadores, fazendo-os acreditar que os escravos estavam dançando e cantando, quando na verdade também estavam treinando golpes para se defenderem. Ela determina o ritmo e o estilo do jogo que é jogado durante a roda de capoeira. A música é composta de instrumentos e de canções, podendo o ritmo variar de acordo com o Toque de Capoeira de bem lento (Angola) a bastante acelerado (São Bento Grande). Muitas canções são na forma de pequenas estrofes intercaladas por um refrão, enquanto outras vêm na forma de longas narrativas (ladainhas). As canções de capoeira têm assuntos dos mais variados.

 

 

 
Algumas canções são sobre histórias de capoeiristas famosos, outras podem falar do cotidiano de uma lavadeira.

 

 

 
Algumas canções são sobre o que está acontecendo na roda de capoeira, outras sobre a vida ou um amor perdido, e outras ainda são alegres e falam de coisas tolas, cantadas apenas para se divertir. Os capoeiristas mudam o estilo das canções frequentemente de acordo com o ritmo do berimbau. Desta maneira, é na verdade a música que comanda a capoeira, e não só no ritmo mas também no conteúdo. O toque Cavalaria era usado para avisar os integrantes da roda que a polícia estava chegando; por sua vez, a letra é constantemente usada para passar mensagens para um dos capoeiristas, na maioria das vezes de maneira velada e sutil.

 

 

 
Os instrumentos são tocados numa linha chamada bateria. O principal instrumento é o berimbau, que é feito de um bastão de madeira envergado por um cabo de aço em forma de arco e uma cabaça usada como caixa de reverberação. O berimbau varia de afinação, podendo ser o Berimbau Gunga (mais grave), Médio (médio) e viola (mais agudo). Os outros instrumentos são: pandeiro, atabaque, caxixi e com menos freqüência o ganzá e o agogô.

 

 

 
Berimbaus. Da Esquerda para direita: Viola, Médio e Gunga ou Berra-Boi


Toques de capoeira

 

Os diferentes ritmos utilizados na capoeira, como tocados no berimbau, são conhecidos como toques; estes são alguns dos toques mais comumente utilizados:

 
Angola

São Bento Grande de Bimba

São Bento Grande de Angola

São Bento Pequeno

Iúna

Cavalaria

Samango

Santa Maria

Benguela

Amazonas

Idalina
Regional de Bimba

 

 A dança na capoeira

 

O batuque, maculelê, puxada de rede e samba de roda são danças (manifestações culturais) fortemente ligadas à capoeira.

 

Roda de capoeira regional

 

Os capoeiristas se perfilam na roda de capoeira batendo palma no ritmo do berimbau e cantando a música enquanto dois capoeiristas jogam capoeira. O jogo entre dois capoeiristas pode terminar ao comando do capoeirista no berimbau ou quando algum capoeirista da roda entra entre os dois e inicia um novo jogo com um deles.

 

Em geral a capoeira não busca destruir o oponente, porém contusões devido a combates mais agressivos não são raras. Entretanto, de maneira geral o capoeirista prefere mostrar sua superioridade "marcando" o golpe no oponente sem no entanto completá-lo. Se o seu oponente não pode evitar um ataque lento, não existe razão para utilizar um golpe mais rápido.

 

 A ginga é o movimento básico da capoeira, é um movimento de pernas no ritmo do toque que lembra uma dança, porém capoeiristas experientes raramente ficam gingando pois estão constantemente atacando, defendendo, e "floreando" (movimentos acrobáticos). Além da ginga são muito comuns os chutes em rotação, rasteiras, golpes com as mãos, cabeçadas, esquivas, saltos, mortais, giros apoiados nas mãos e na cabeça, movimentos acrobáticos e de grande elasticidade e movimentos próximos ao solo.

 

 

 
Movimentos da capoeira.

 
Embora os nomes dos golpes de capoeira variem de grupo para grupo, alguns dos principais são:

 

Armada

 


 
Baiana

 
Banda

 
Benção

 
Cabeçada

 
Chapa

 
Galopante

 
Macaco

 
Martelo

 
Martelo Cruzado

 
Meia-lua

 
Meia-lua de compasso

 
Meia-lua de frente

 
Pisão

 
Ponteira

 
Queixada

 
Rabo-de-arraia

 
Rasteira

 
Ponte

 
Giro de mão

 
Quebra de rins

 
Esquiva

 
Esquiva com rolê

 
Giro de cabeça

 
Ginga

 

 
Estilos de capoeira

 

Angola

 

A Angola é o estilo mais próximo de como os negros escravos jogavam a Capoeira. Caracterizada por ser mais lenta, porém rápida, movimentos furtivos executados perto do solo, como em cima, ela enfatiza as tradições da Capoeira, que em sua raiz está ligada aos rituais afro-brasileiros, caracterizado pelo Candomblé, sua música é cadenciada, orgânica e ritualizada, e o correto é estar sempre acompanhada por uma bateria completa de 08 instrumentos.

 

 A designação "Angola" aparece com os negros que vinham para o Brasil oriundos da África, embarcados no Porto de Luanda que, independente de sua origem, eram designados na chegada ao Brasil de "Negros de Angola", vide ABC da Capoeira Angola escrito pelo Mestre Noronha quando ele cita o Centro de Capoeira Angola Conceição da Praia, criado pela nata da capoeiragem baiana no início dos anos 1920. Mestre Pastinha (Vicente Ferrera Pastinha) foi o grande ícone do estilo. Grande defensor da preservação da Capoeira Angola, inaugurou em 23 de fevereiro de 1941 o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA). Dos ensinamentos do Mestre Pastinha foram formados grandes mestres da capoeiragem Angola, a exemplo dos Mestres: João Pequeno, João Grande, Valdomiro Malvadeza, Albertino da Hora, Raimundo Natividade, Gaguinho Moreno, 45, Pessoa Bá-Bá-Bá, Trovoada, Bola Sete, dentre outros que continuam transmitindo seus conhecimentos para os novos angoleiros, como Mestre Morais.

 

É comum a primeira vista ver o jogo de Angola como não perigoso ou não elaborado, contudo o jogo Angola se assemelha ao xadrez pela complexidade dos elementos envolvidos. Por ter uma sistemática estruturada em rituais de aprendizado completamente diferentes da Regional, seu domínio é muito mais complicado, envolvendo não só a parte mecânica do jogo mas também características como sutileza, o subterfúgio, a dissimulação, a teatralização, a mandinga e/ou mesmo a brincadeira para superar o oponente. Um jogo de Angola pode ser tão ou mais perigoso do que um jogo de Regional.

 

 Regional

 

 A capoeira regional foi criada por Mestre Bimba em Manuel dos Reis Machado, (1900-1974). Bimba criou sequências de ensino e metodizou o ensino de capoeira. Inicialmente, Bimba chamou sua capoeira de "Luta regional baiana", de onde surgiu o nome regional.

 

Manoel dos Reis Machado, conhecido por ser um habilidoso lutador nos ringues, e inclusive, ser um exímio praticante da capoeira Angola, procurou fazer com que a capoeira tivesse uma maior força como luta e fez isto incorporando a ela novos golpes. Um fato que é conhecido, é de que Bimba teria incorporado golpes do batuque, uma luta já extinta, que era rica em golpes traumáticos e desequilibrantes. Inclusive, sabe-se que o pai de Mestre Bimba era praticante desta luta.

 

Há muita discussão também sobre se Bimba teria ou não absorvido golpes de outras lutas, como judô, o jiu-jitsu, a luta livre e o savate, luta de origem francesa, para compor sua capoeira Regional. Entre os velhos mestres, essa é a opinião vigente, mas, apesar disso, eles não acham que este fato seja negativo ou descaracterizador.

 

A Regional surgiu por volta de 1930. Mas Mestre Bimba se preocupou não só em fazer com que a capoeira fosse reconhecida como luta, ele também criou o primeiro método de ensino da capoeira, as "sequências de ensino" que auxiliavam o aluno a desenvolver os movimentos fundamentais da capoeira.

 

Em 1932, foi fundada por Mestre Bimba a primeira academia de capoeira registrada oficialmente, em Salvador, com o nome de "Centro de Cultura Física e Capoeira Regional da Bahia".

 

Das muitas apresentações que Mestre Bimba fez, talvez a mais conhecida tenha sido a ocorrida em 1953, para o então presidente Getúlio Vargas, ocasião em que teria ouvido do presidente: "A capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional."

 

Na academia de Mestre Bimba, a rigorosa disciplina que vigorava determinava três níveis hierárquicos: "calouro", "formado" e "formado especializado". Uma das maiores honras para um discípulo era poder jogar Iúna, isto é, jogar na roda de capoeira ao som do toque denominado Iúna, executado pelo berimbau. O jogo de Iúna tinha a função simbólica de promover a demarcação do grupo dos formados para o grupo dos calouros. A única peculiaridade técnica do jogo de Iúna em relação aos jogos realizados em outros momentos no ritual da roda de capoeira era a obrigatoriedade da aplicação de um golpe ligado no desenrolar do jogo, além do fato de destacar-se pela maior habilidade dos capoeiristas que o executavam. O jogo de Iúna era praticado apenas ao som do berimbau, sem palmas ou outros instrumentos o que reforçava seu caráter solene. Ao final de cada jogo, todos os participantes aplaudiam os capoeiristas que saíam da roda.

 

A Regional é mais recente, com elementos fortes de artes-marciais em seu jogo. A Regional (Luta Regional Baiana) tornou-se rapidamente popular, levando a Capoeira ao grande público e mudando a imagem do capoeirista tido no Brasil até então como um marginal. Seu jogo é mais rápido, mas também existem jogos mais lentos e compassados. Apesar do que muitos pensam, na capoeira regional não são utilizados saltos mortais, pois um dos fundamentos da capoeira regional, segundo Mestre Bimba é manter no mínimo uma base ao solo (um dos pés ou uma das mãos). O forte da capoeira regional são as quedas, rasteiras, cabeçadas.

 

Em toques rápidos como São Bento Grande de Bimba se faz um jogo mais rápido, porém sempre com manobras de ataque e defesa (importante ressaltar que todos os golpes devem ter objetivo), mas sempre respeitando o camarada vencido (parar o golpe se perceber que ele machucará o parceiro, mostrando assim sua superioridade e humildade diante do camarada). Ambos os estilos são marcados pelo uso de dissimulação e subterfúgio - a famosa mandinga - e são bastante ativos no chão, sendo frequentes as rasteiras, pontapés, chapas e cabeçadas.

 

Capoeira Contemporânea

 

Foi criada na década de 70 por rapazes do Rio de Janeiro que certa vez viram um capoeirista brigando numa festa e ficaram fascinados. Tentaram então aprender a arte na periferia carioca, único lugar onde poderiam encontrar capoeiristas, porém não foram aceitos por serem de classe média. Decidiram, então, uma vez por ano, viajar para a Bahia e cada um começou a treinar com um mestre diferente. Na volta passavam os conhecimentos adquiridos uns para os outros e criaram um novo estilo conhecido como Contemporâneo. Os rapazes montaram um grupo com nome de Senzala e participaram de um campeonato com vários capoeiristas, vencendo-o.

 

Graduação

 

O sistema de graduação varia de grupo para grupo. Nos grupos de capoeira regional ou de capoeira angola e regional, a graduação é normalmente representada pelas cores de cordas ou cordéis amarrados na cintura do jogador.

Existem várias entidades(Ligas, Federações e Confederações) que tentam organizar a graduação na capoeira. Atualmente a Confederação Brasileira de Capoeira adota o sistema de graduação feito por cordões e seguindo as cores da bandeira brasileira. Temos então a seguinte ordem do iniciante ao mestre:

 
Sistema oficial de graduação da Confederação Brasileira de Capoeira

 

A - Graduação Infantil (até 14 anos)

 
1º iniciante: sem corda ou sem cordão

 
2º batizado infantil: cinza claro e verde

 
3º graduado infantil: cinza claro e amarelo

 
4º graduado infantil: cinza claro e azul

 
5º intermediário infantil: cinza claro, verde e amarelo

 
6º avançado infantil: cinza claro, verde e azul

 
7º estagiário infantil: cinza claro, amarelo e azul

 
8º Formado infantil:cinza claro,verde,amarelo e azul

 
B - Graduação Adulta (a partir de 14 anos)

 
9º iniciante: sem corda ou cordão

 
10º batizado: verde

 
11º graduado: amarelo

 
12º graduado: azul

 
13º intermediário: verde e amarelo

 
14º avançado: verde e azul

 
15º estagiário: amarelo e azul

 
C - Docente de capoeira

 
16º estágio - Formado: verde, amarelo e azul

 
17º estágio - Monitor: verde e branco

 
18º estágio - Professor: amarelo e branco

 
19º estágio - Contra-mestre: azul e branco

 
20º estágio - Mestre: branco

 
Obs: Após a 8º graduação o aluno formado infantil passa para a 10º graduação que é a primeira corda adulta, corda verde, em alguns casos (dependendo de seu desempenho) pode pegar a 11º que é a corda amarela, segunda corda adulta.

 
Repressão

 
Decretado por marechal Deodoro da Fonseca o Decreto Lei 487 dizia que: A partir de 11 de Outubro de 1890 todo capoeira pego em flagrante seria desterrado para a Ilha de Fernando de Noronha por um período de dois a seis meses de prisão. Parágrafo único: É considerada circunstância agravante pertencer o capoeira, a alguma banda ou malta, aos chefes impor-se-á a pena em dobro.

 
Os capoeiristas costumavam usar calças boca de sino e no período em que a capoeira ficou proibida por lei (1890-1937) a polícia, para detectar os capoeiristas, colocava um limão dentro das calças do indivíduo. Se o limão saísse pela boca das calças, a pessoa era considerada capoeirista.

 
Em 1824, os escravos que fossem pegos praticando capoeira recebiam trezentas chibatadas e eram enviados para a Ilha das Cobras para realizar trabalhos forçados durante três meses.

 
3 de agosto - Dia do capoeirista - Lei Estadual de São Paulo(1985) instituiu o Dia do Capoeirista.

 
Curiosidades

 
As primeiras mestras de Capoeira Angola surgem somente no início do século XXI, sendo representadas pelas Mestras Janja e Paulinha, discípulas de Mestre Morais, Cobra Mansa e João Grande e atualmente líderes (junto ao Mestre Poloca) do Grupo Nzinga de Capoeira Angola[2]

 
Mestre Pastinha começou a treinar capoeira por intermédio de um africano que o viu apanhar de um rival em sua infância.

 
Mesmo depois de perder a visão mestre pastinha era temido por quem estava jogando com ele.

 
Foi mestre Pastinha que falou a famosa frase "A capoeira é Mandinga, é manha, é malícia, é tudo o que a boca come"

 
Dos 50 golpes bem aplicados da capoeira que Mestre Bimba ensinou, 22 eram mortais.

 
Em 1930, o famoso caratê não era conhecido na Bahia.

 
Mestre Bimba foi o Capitão da Navegação Baiana.

 
Mestre Bimba teve sua primeira escola de capoeira Angola, em 1918 com apenas 18 anos, obtendo apenas em 1937 o alvará da Academia de Capoeira Regional.

 
Segundo Mestre Noronha, o berimbau em seu tempo, era uma arma maligna e mortal. A verga (o pau do berimbau), era usado como cassetete e a varinha servia para furar os olhos do adversário que tivesse má conduta. Na época em que a capoeira era proibida.

 
Segundo Luis Edmundo, nos fins do século XVIII, no Rio de Janeiro, as aventuras dos capoeiras eram de tal jeito que o governo, através da portaria de 31 de outubro de 1821, estabeleceu castigos corporais e outras medidas de repressão à prática de capoeira.

 
Na Bahia, de acordo com Manuel Querino, os capoeiristas se distinguiam dos demais negros porque usavam uma argolinha de ouro na orelha, como insígnia de força e valentia, e o nunca esquecido chapéu à banda.

 
Os capoeiristas eram contratados pelos políticos para bagunçar no dia das eleições. Enquanto as pessoas desviavam a atenção para a confusão dos capoeiras um indivíduo colocava um maço dechapas na urna ou na linguagem da época "emprenhava a urna". Vencia as eleições o candidato que dispunha de maior n.º de capoeiras.

 
Milhares de capoeiristas foram para a Guerra do Paraguai, pois havia sido prometida a liberdade no final do conflito àqueles que participassem da batalha.

 
Mestre Bimba é o mestre da capoeira regional.

Antes do arame, o "fio" do berimbau era feito de tripas de animais.

 
Fonte: www.edfisicauniban.com.br

 



ECA completa 20 anos com avanços para o bem-estar social dos jovens

Especialistas dizem que o Estatuto tem proporcionado melhora significativa de vários indicadores sociais, mas ainda peca em avanços na formação profissional dos jovens e no combate às drogas

Para os defensores do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) , que completa 20 anos nesta terça-feira (13), as críticas em relação a uma suposta ineficácia ou permissividade têm origem no desconhecimento e na deturpação da legislação, que levam setores da sociedade a exigir a aprovação de punições mais severas para adolescentes em conflito com a lei, como a redução da maioridade penal. Os especialistas são unânimes em afirmar que o ECA trouxe importantes instrumentos para garantia do bem-estar social dos jovens brasileiros.
"Os crimes cometido por adolescentes concorrem para aumentar o medo e a insegurança, gerando a sensação de que o ECA guarda algum tipo de relação com essa triste e cruel realidade. Só que, evidentemente, o estatuto não é responsável pelas mazelas. Pelo contrário. É por meio dele que crianças e adolescentes vem sendo incluídos nos serviços de saúde, educação, lazer e cultura", afirmou o promotor da Vara da Infância e da Juventude de São Bernardo do Campo, Jairo de Luca.
Ariel Castro Alves, presidente da Fundação Criança de São Bernardo do Campo - entidade que desenvolve programas e projetos de proteção social de crianças e adolescentes - e membro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), defende que, juntamente com outras políticas públicas, o ECA tem proporcionado uma melhora significativa de vários indicadores sociais, como a redução da mortalidade infantil e dos casos de gravidez precoce e do aumento do número de estudantes matriculados no ensino fundamental.
Contudo, Alves destaca que ainda há muito a ser feito para garantir, de forma eficaz, os direitos das crianças e dos adolescentes do país e proporcionar a eles um futuro melhor. Alves aponta três áreas que considera prioritárias: a formação profissional dos jovens a partir dos 16 anos; o enfrentamento ao tráfico e à dependência de drogas, com especial atenção ao crack (droga derivada da cocaína, de custo baixo e alto poder de dependência), e o trabalho com as famílias desestruturadas.
"É gerando oportunidades para jovens e para suas famílias que nós iremos enfrentar a criminalidade e não por meio da redução da maioridade penal", enfatizou Alves. "Colocar os adolescentes em presídios não significa dizer que eles serão recuperados pois nosso sistema prisional tem cerca de 70% de reincidência, enquanto no sistema de internação de adolescentes e infratores - que ainda não funciona conforme estabelece o próprio ECA - esse índice não passa de 30%".
S., de 17 anos, é um dos muitos jovens que alegam ter encontrado um porto seguro em um dos estabelecimentos públicos que trabalham seguindo as determinações do estatuto. Desde os 11 anos, ele está abrigado na Fundação Criança de São Bernardo do Campo, para onde foi levado por conselheiros tutelares após ser espancado pela tia que deveria cuidar dele desde a morte da mãe.
"Antes de eu vir para a fundação, eu só saía de casa para ir à escola e apanhava todos os dias. Aqui, com o ECA, eu aprendi que tinha direitos e também responsabilidades e, hoje, se eu sou quem eu sou não é só por minha força de vontade, mas também pelo estatuto, que me ensinou que eu tenho inclusive o direito de me expressar", afirmou o jovem. "O único medo que eu tenho é de ter de morar na rua quando chegar a hora de deixar a fundação. Há poucos cursos profissionalizantes para nós jovens e eu acho que deveríamos receber um melhor preparo para a vida real porque muitos de nós, quando chegam aos 18 anos, não têm onde morar, não têm emprego e nenhuma experiência profissional".

FONTE:
http://www.abril.com.br/noticias/brasil/eca-completa-20-anos-avancos-bem-estar-social-jovens-578042.shtml
 
 

 
O que mudou na vida das crianças e adolescentes brasileiros nesses 20 anos de implementação do ECA? DEPOIMENTOS




Paulo Vannuchi - Ministro de Estado da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República: Foi a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente que brasileiros e brasileiras com idade até 18 anos passaram a ser reconhecidos como sujeitos de direitos, e não mais como incapazes, como previa a legislação anterior. Este novo olhar possibilitou uma verdadeira mudança de paradigma: definiu a proteção integral a este grupo como um dever de todos, poderes públicos e sociedade civil e inseriu, de forma definitiva, os direitos das crianças e adolescentes na agenda política nacional.



Rita Camata - Deputada Federal e e uma das redatoras do ECA: O Estatuto da Criança e do Adolescente foi fundamental para mudar a visão que o Poder Público, a sociedade e as famílias tinham da infância e adolescencia brasileiras, aumentando a conscientização e a contribuição desses setores na melhoria da qualidade de vida de meninos e meninas.

No entanto, ainda temos inúmeros desafios, é preciso melhorar a qualidade do ensino, reduzir os altos índices de gravidez na adolescência e a violência contra essas pessoas que continua sendo um problema de difícil solução. Apesar da redução nos índices de trabalho infantil, o fato de mais de um milhão de crianças e adolescentes estarem inseridas no mercado de trabalho, com uma jornada em média de 26 horas semanais e muitos trabalhando em atividades não remuneradas também é preocupante, mas temos a certeza de que todos estes desafios serão superados.


Magic Paula - Ex-jogadora de basquete e fundadora do Instituto Passe de Mágica: A grande revolução que o ECA traz é a criança e o adolescente como prioridade absoluta e isto é um grande marco na legislação brasileira, pois supera uma visão reducionista e fatalista que o Código de Menores impunha sobre as crianças e adolescentes no Brasil.

Gilberto Dimenstein - Jornalista e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz: Com a implementação do Estatuto, a criança passou a ser alguém que tem direito e com isso se estimularam uma série de políticas públicas ao longo desses 20 anos para que esses direitos sejam respeitados.

Rappin Hood - rapper, autor de diversas composições e repórter do programa Metrópolis, da TV Cultura: Acredito que muito ainda deva ser feito, mas o ECA trouxe à tona o assunto, trazendo um maior diálogo e algumas pequenas vitórias contra os conservadores sobre esse assunto. Mas ainda gostaria de ver um rigor maior na aplicação do ECA, depende de nós.Tamo junto!

Neide Duarte - Jornalista da Rede Globo: O ECA trouxe para a nossa vida a experiência de ver uma criança ser levada à sério, de reconhecer nela uma cidadã, como qualquer pessoa adulta. Mas o mais importante, para mim, é a atitude que o ECA traz de expandir a consciência de toda uma sociedade. Tudo o que antes era apenas prerrogativa paterna, educar, bater, enfim, tudo o que era exclusividade da família passa a ser responsabilidade de todos nós. O ECA nos deu isso: a noção clara de que todos nós, brasileiros, somos responsáveis pela educação e criação de cada uma das nossas crianças.

Itamar Gonçalves - Coordenador de Programas da Childhood Brasil: Podemos dizer que, com a instituição do ECA, o Brasil finalmente despertou para a questão da violência sexual infanto-juvenil. Os motivos: o Estatuto levantou o paradigma da promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes como prioridade absoluta e estabeleceu novas bases para o enfrentamento a várias formas de violência contra estes cidadãos em condição especial de desenvolvimento, que haviam sido naturalizadas pelos costumes. A mobilização social em torno dos direitos da infância contribuiu para o agendamento das ações de conscientização social, bem como de ações preventivas e de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes. Outro ganho definitivo são os Conselhos Tutelares, estabelecidos com base na premissa da municipalização do atendimento à infância e adolescência. Os Conselhos funcionam como caixas de repercussão, dando visibilidade à causa.

Aracélia Lúcia Costa - Superintendente da APAE - SP: O ECA nasceu com o objetivo de mudar o paradigma com que a criança e o adolescente eram vistos pela sociedade, passando de um olhar assistencialista para um olhar de garantia de direitos, de proteção, e não mais de punição. Contudo, também sabemos que a promulgação de leis provoca mudanças culturais e comportamentais na sociedade e que qualquer mudança no olhar é um processo. Por isso, o Estatuto vem se tornando realidade gradativamente à medida que vem sendo inserido nas agendas públicas, apropriado pela Sociedade Civil Organizada e conhecido pelos cidadãos. Neste vigésimo aniversário do ECA, devemos comemorar com muita alegria, pois conseguimos romper com um velho paradigma, proporcionando uma nova visão da Sociedade em relação à criança e ao adolescente, mas é preciso mais... É preciso CONSOLIDAR esta conquista a cada dia e APRESSAR este processo, pois a infância brasileira não pode esperar!

“Nova geração de crianças e jovens conhece seus direitos”, afirma conselheiro tutelar

do Portal Pró-Menino
Murillo Magalhães

No ano em que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) comemora 20 anos de existência, as dificuldades enfrentadas pelos atores da rede articulada de pessoas e instituições responsável pela implementação cotidiana dos direitos infanto-juvenis – o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) - são desafios a ainda serem superados.

Um dos atores desse Sistema é o Conselho Tutelar, órgão responsável pela garantia do cumprimento dos direitos previstos. O representante desse órgão, o conselheiro tutelar, é quem atende queixas, reclamações, solicitações e reivindicações feitas por crianças, adolescentes, familiares e outras pessoas da comunidade. Também orienta e encaminha casos. Essa assistência, porém, não substitui os programas de atendimento à criança e ao adolescente, e o exercício de suas atribuições não depende da autorização do Executivo ou Judiciário. Suas decisões somente podem ser revistas pelo Juiz da Infância e da Juventude, a partir de requerimento daquele que se sentir prejudicado.

Luís Antônio Lopes, 39 anos, foi eleito conselheiro tutelar em 2008 da unidade no bairro do Butantã em São Paulo. Antes disso, ele já trabalhava em um Centro Comunitário na comunidade Vila Dalva, no Rio Pequeno. “A idéia dos Conselhos é que seus representantes venham da base. Por isso, quando surgiu a eleição, eu me candidatei, tive mais de 300 votos só na urna da minha comunidade e fiquei em segundo lugar no resultado final”, contou ele. As eleições para o Conselho são organizadas pelos Conselhos Municipais e cada mandato dura três anos, com a possibilidade de uma reeleição.

Para o conselheiro do Butantã, seu trabalho é prejudicado pela falta de investimento público. “É uma experiência de vida muito boa, mas a luta é muito árdua, ainda mais com os diversos problemas que enfrentamos em nosso cotidiano. A infra-estrutura em minha unidade, por exemplo, não permite que haja privacidade no atendimento, já que todos os cinco conselheiros trabalham em uma mesma sala. Além disso, a demanda é muito alta, e chega a 100 casos em um único dia”, disse ele.

Uma Resolução de 2001 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) recomenda uma proporcionalidade para que o atendimento seja eficiente e estipula a existência de um conselho tutelar para cada 200 mil habitantes de um município. Porém, no caso do bairro do Butantã, por exemplo, essa proporção não é seguida. Segundo dados da subprefeitura do bairro, somente em 2008 havia 384 mil habitantes.

Segundo a pesquisa Conhecendo a Realidade, feita em 2007 pelo Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats), à época havia 4880 Conselhos Tutelares para 5880 municípios no País. Por isso, mais de 680 municípios brasileiros estavam desprovidos de Conselhos Tutelares. E dos existentes, 4% estavam inativos (confira aqui os demais resultados dessa pesquisa).

Aniversário do Estatuto

Luis acredita que, atualmente, os jovens conhecem seus direitos graças à presença do ECA na escola. “É uma nova geração que conhece seus direitos. Hoje, é normal que adolescentes apareçam por aqui. Uma vez, uma mãe me disse que a própria filha queria procurar o Conselho Tutelar porque não concordava em ser agredida dentro de casa”, contou ele.

O principal avanço ao longo desses 20 anos de existência do Estatuto, segundo o conselheiro, é esse conhecimento dos direitos entre os jovens. No entanto, ele gostaria que as pessoas conhecessem mais sobre a existência e funções dos atores da rede de garantias dos direitos. “O Estatuto é mais uma lei que foi feita no Brasil. Sozinha ela não muda nada. O Conselho Tutelar sozinho também não faz milagre. É parte de um sistema, em que participam órgãos do Judiciário e a sociedade civil. As pessoas precisam entender isso”, afirmou. Para Luis, esse é principal desafio para o futuro. “Só assim, os direitos infanto-juvenis poderão sair do papel de vez”.

fonte:http://www.promenino.org.br/








.


Aproveite as férias. Confira algumas atividades gratuitas em São Paulo


O que: Arte, Cultura e Lazer – Apresentações de musica, teatro, artes plásticas e produtos realizados em projetos do terceiro setor

Quando: domingos, das 15h às 20h

Onde: Casa das Caldeiras (Avenida Francisco Matarazzo, 2000 – Água Branca. Tel: 3873-6696)


O que: Circuito Paulistano de SkateBanks

Quando: 7 e 8, às 10h

Onde: CEU Butantã (Avenida Heitor Antonio Eiras Garcia, 1700 – Butantã. Tel: 3732-4551 e 3732-4557)

PS: Confirmar horário


O que: Contação de histórias – Canto do Conto com Sílvia Lopes e Paula Lisboa

Quando: sábados, às 17h30

Onde: Fnac Pinheiros (Rua Pedroso de Moraes, 858 – Pinheiros. Tel: 3579-2000)



CINEMA


O que: Filmes e produções de vídeo-arte projetados no corredor da galeria

Quando: de segunda a sexta-feira, das 14h às 21h; sábados, das 11h às 17h

Onde: Galeria Virgílio – O Barco (Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 422 – Pinheiros. Tel: 3062-9446 e 3061-2999)



MÚSICA


O que: Bandas de blues

Quando: quintas-feiras, às 20h

Onde: Fnac Pinheiros (Rua Pedroso de Moraes, 858 – Pinheiros. Tel: 3579-2000)



OFICINA


O que: Teatro Vocacional – Oficinas que visam incentivar e promover a produção oculta de teatro amador na cidade de São Paulo

Quando: terças-feiras, das 14h30 às 17h30

Onde: Escola Estadual Desembargador Carlos Maximiliano (Rua Jericó, 256 – Vila Madalena. Tel: 3813-8530)


O que: Instalação Multimídia – Oficina de instalação e configuração de softwares livres de áudio e vídeo, como rosegarden e ardour

Quando: 08, 10, 11, 15, 17 e 18, às 15h

Onde: SESC Pinheiros (Rua Paes Leme, 195 – Pinheiros. Tel: 3095-9400)


O que: Crie Seu Blog – Oficina de criação de blogs e geração de conteúdo

Quando: 10, 11, 18 e 25, às 19h30

Onde: SESC Pinheiros (Rua Paes Leme, 195 – Pinheiros. Tel: 3095-9400)


O que: Livros de Panos – Criação de livros infantis com tecido. Utilização de processos de costura, bordado, colagem e pintura, a partir da criação da própria história

Quando: 1, 8, 15, 22 e 29, das 16h às18h

Onde: SESC Pinheiros (Rua Paes Leme, 195 – Pinheiros. Tel: 3095-9400)


O que: Construindo Histórias em Quadrinhos – as relações entre texto e imagem por meio de técnicas de desenho, construção de personagens, representações de movimento e elaboração de roteiro

Quando: 3, 10, 17 e 24, às 16h

Onde: SESC Pinheiros (Rua Paes Leme, 195 – Pinheiros. Tel: 3095-9400)


O que: Oficinas infantis – jogos, atividades lúdicas, construção de bonecos e história dos personagens do sítio do Pica-Pau Amarelo

Quando: domingos, às 17h

Onde: Fnac Pinheiros (Rua Pedroso de Moraes, 858 – Pinheiros. Tel: 3579-2000)



TEATRO


O que: No Banheiro – retrato das neuroses e futilidades do universo feminino, vivenciadas por uma mulher no interior de um banheiro

Quando: 22, às 20h30

Onde: Teatro da Vila – Escola Estadual Desembargador Carlos Maximiliano (Rua Jericó, 256 – Vila Madalena. Tel: 3813-8530)

PS: De terça a sexta às 20h30, sábados e domingos às 16h e 20h30. Gratuito somente para alunos de escolas públicas


O que: Espetáculo do Recreio nas Férias – As 3 porquinhas e o lobo atrapalhado

Quando: 28, às 10h

Onde: CEU Butantã (Avenida Heitor Antonio Eiras Garcia, 1700 – Butantã. Tel: 3732-4551 e 3732-4557)

PS: O CEU conta com diferentes peças durante o mês de julho

fonte:http://www.vidauniversitaria.com.br/blog/?p=12237
DIGA NÃO A PEDOFILIA

Neste domingo (04/07), foi realizada em nossa escola uma palestra sobre "PEDOFILIA".
Um ótimo público participou deste evento que foi dirigido pela Educadora Universitária Elaine e pelo Educador Universitário Neri.
Muitas informações foram transmitidas com seriedade e responsabilidade.
A preocupação de nossa equipe foi a de não repetirmos os erros que os veiculos de comunicação cometem.
Instaurar o medo, fomentar a desconfiança contra tudo e contra todos não evitará a ação destas pessoas.
A informação sim, o dialógo sim, a vigilância e o companheirismo da família sim!

Parabéns Elaine e Neri!




saiba um pouco mais...

A pedofilia, atualmente, é definida simultaneamente como doença, distúrbio psicológico e desvio sexual (ou parafilia) pela Organização Mundial de Saúde. Nos manuais de classificação dos transtornos mentais e de comportamento encontramos essa categoria diagnóstica.


Caracteriza-se pela atração sexual de adultos ou adolescentes por crianças. O simples desejo sexual, independente da realização do ato sexual , já caracteriza a pedofilia. Não é preciso, portanto que ocorram relações sexuais para haver pedofilia.O fato de ser considerada um transtorno, não reduz a necessidade de campanhas de esclarecimento visando a proteção de nossas crianças e adolescentes e nem tira a responsabilidade do pedófilo pela transgressão das barreiras geracionais.


Existe crime de pedofilia?

Não existe um crime intitulado “pedofilia” na legislação brasileira. As conseqüências do comportamento de um pedófilo é que podem ser consideradas crime.

Quais os crimes mais cometidos por pedófilos?

  • Atentado violento ao pudor

Prática de atos libidinosos cometidos mediante violência ou grave ameaça. São considerados atos libidinosos aqueles que impliquem em contato da boca com o pênis, com a vagina, com os seios, com o ânus, ou a manipulação erótica destes órgãos com a mão ou dedo. Também atos que impliquem na introdução do pênis no ânus, no contato do pênis com o seio ou na masturbação mútua.


  • Estupro

Constranger criança ou adolescente à conjunção carnal mediante violência ou grave ameaça.


  • Pornografia Infantil

Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias, imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo crianças e pré-adolescentes.