EPILEPSIA

A epilepsia é um distúrbio do cérebro que se expressa por crises epilépticas repetidas.

Qual é a causa da Epilepsia?

A causa pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose ("ovos de solitária" no cérebro), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas, etc. Às vezes, algo que ocorreu antes ou durante o parto. Muitas vezes não é possível conhecer as causas que deram origem à epilepsia.

Como podem ser as crises epilépticas?

As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:

A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como "ataque epiléptico". Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e às vezes, até urinar;
A crise do tipo "ausência" é conhecida como "desligamentos". A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é percebida pelos familiares e/ou professores;
Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoa estivesse "alerta" mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial complexa;
Existem outros tipos de crises que podem provocar quedas ao solo sem nenhum movimento ou contrações ou, então, ter percepções visuais ou auditivas estranhas ou, ainda, alterações transitórias da memória.
Quantas pessoas sofrem de Epilepsia?

A epilepsia é muito freqüente. Entre cada cem pessoas, uma a duas são epilépticas. A epilepsia é um distúrbio do cérebro que se expressa por crises epilépticas repetidas.



AS ESCOLAS E AS EPILEPSIAS

Professores bem informados que assistam uma crise epiléptica podem fornecer dados importantes aos pais do aluno, possibilitando diagnóstico e tratamento, auxiliando assim o processo da cura. Sabe-se que o tratamento será mais eficaz quanto mais cedo for iniciado.

O que é a Epilepsia?

A epilepsia é conceituada como uma tendência a apresentar crises repetidas. As crises epilépticas acontecem quando ocorrem alteraçãoes elétricas cerebrais. É como se houvesse uma "tempestade elétrica" cerebral. Existem diferentes tipos de crises epilépticas.

Crises epilépticas

As crises são divididas em parciais (quando afetam uma parte do cérebro) e generalizadas (quando afetam todo o cérebro). As crises parciais se dividem em: parciais simples, parciais complexas e parciais com generalização. As crises generalizadas dividem-se em : tônico-clônicas, tônicas, miclônicas, atônicas e de ausência.

Generalizadas

Crises de ausência - As crises se manifestam como um desligamento: a criança interrompe a fala e a atividade, por alguns segundos, voltando logo a atividade que estava realizando. Essas crises podem se repetir várias vezes ao dia, levando a um baixo rendimento escolar, pois durante as crises ocorrem perda da consciência.

Crise atônicas - Iniciam-se com a queda abrutpa ao solo. Geralmente ocorrem vários ferimentos na cabeça, pois a criança cai rapidamente; se a criança estiver sentada poderão ocorrer ferimentos no queixo.

Crises mioclônicas - Têm breve duração e manifestam-se principalmente ao despertar, com movimentos bruscos de todo o corpo (como um choque ou susto), principalmente dos braços. Se o indivíduo estiver com objetos nas mãos, estes podem ser atirados a distância.

Crises tônico-clônicas - Podem se iniciar com um grito acompanhado de perda da consciência com queda ao solo, endurecimento do corpo e abalos musculares generalizados. Pode ocorrer perda de saliva com sangue devido à mordedura da língua, coloração arroxeada dos lábios, respiração ruidosa, e algumas vezes ocorre perda da urina. A duração é de poucos minutos e após a crise o aluno fica sonolento, podendo acordar com vômitos, dor de cabeça e dores musculares.

Crise tônicas - Ocorre perda da consciência, queda ao solo, o corpo fica endurecido, respiração irregular, aumento da salivação, coloração arroxeada.

Parciais

Crises parciais simples - Caracterizam-se pelo fato do paciente ficar consciente durante a crise. As mais freqüentes são motoras, que podem se manifestar como abalos muscular das mãos, pés ou faces. Estas crises podem progredir para todo um lado do corpo e podem seguir-se de uma crise tônico-clônica.

Crises parciais complexas - Podem se iniciar como um aviso ou aura. O aviso pode ser uma sensação de sonho, de medo, opressão no estomago que sobe para a garganta, alucinações (ouvir sons, sentir cheiros e gostos estranhos) e outras que o paciente é incapaz de descrever com precisão. A essas sensações seguem-se perda de contato com o ambiente, aumento da salivação, movimentos de mastigação, de marcha, e/ou movimentos com as mãos. Após a crise o aluno volta progressivamente a ter contato com o meio. Essas crises podem ser seguidas de crises tônico-clônicas.

Como comportar-se

Fique calmo e peça para que toda a classe fique calma. Não tente parar a crise e cuide para que o aluno não se machuque, mantendo-o longe de qualquer objeto que possa feri-lo, colocando qualquer coisa macia sob a cabeça. Não coloque nada na boca. Deite-o de lado para que possa respirar bem.

Espere que a crise termine espontaneamente e depois deixe-o repousar ou dormir, ficando com ele até que ele se recupere. O aluno deve ser levado para o atedimento médico APENAS se a crise durar mais de 10 minutos, se ela se repetir em intervalos breves, ou se o aluno tiver sofrido algum tipo de ferimento.

Explicando as crises

Se a crise for assistida pelos alunos, deve se aproveitar a oportunidade para dar uma explicação simples do ocorrido e do que fazer para ajudar, caso ocorra uma nova crise.

Salientar que crises não doem e não são contagiosas. A discussão e a prática dos primeiros socorros pode ajudar a desenvolver uma atitude de aceitação. É importante que o aluno epiléptico seja incluído nessa discussão.

Como favorecer a cura

A maioria dos caso de epilepsia inicia-se na infância e adolecência, e a cura é mais fácil quanto menos precoces forem os diagnósticos e tratamentos. É importante salientar que o professor pode observar sonolência excessiva e baixa concentração, sintomas que devem ser comunicados ao médico que acompanha o aluno.

Lembre-se que as epilepsia podem ser curadas na maioria dos casos.

Caso necessite de outras informações, publicações ou endereços de centros especializados para o tratamento das epilepsias, e caso queira contribuir para as soluções de um problema relevante em nossa sociedade, entre em contato conosco.

FONTE:http://www.epilepsiabrasil.org.br/

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